Prestem bem atenção na foto: Isto não é uma apologia ao cigarro. Tentarei me explicar no fim.
Nem parece que já se passaram mais de 6 meses sem o "mardito" (juro que pensei em escrever "bendito") e hoje após o futebol de todo sábado, depois de umas cervejinhas com os amigos, ainda me peguei pensando no ato de fumar. Parece brincadeira que esse vicio seja tão potente que não some da nossa lembrança com a facilidade que imaginamos. É sempre assim, uma eterna gangorra emocional e se vacilamos créu! Taí a amiga Viviane que pode falar (escrever) sobre isso de carteirinha.
Mas o meu post dessa vez não se limitará a falar sobre o ESTADO-PERMANENTE-DE-ALERTA que deve ter o ex-fumante. Acho que em todos os meus comentários anteriores, sempre fiz referência à essa vigília. Que me desculpem a expressão pois não encontrei palavra mais adequada, mas a verdade é que VACILOU...SE FUDEU! Pronto, falei!
O que queria dizer mesmo é que já não consigo mais me ver com um cigarro na mão/boca outra vez. Sinceramente acho que já paguei todos os meus pecados, já fumei todos os cigarros que me foram necessários para compreender que NUNCA deveria ter começado, enfim: Estou FARTO!
E tenho percebido isso de uma maneira bem estranha, pois cada vez que vejo ou tenho contato com um fumante, tento compreender como pude ter sido tão estúpido durante tanto tempo em minha vida. Para ser mais exato, como pude ficar cego durante 31 anos seguidos.
Fumar é horrível! O gosto é ruim, o ato de fumar é deveras ridículo, a sensação de prazer é irreal, etc. etc. etc. Então tento me explicar nesses momentos, como pude ser escravo desse vício durante uma boa parte da minha vida?
Cheguei a um ponto que até escrever no blog deixou de ser prazeroso, simplesmente porque não consigo mais associar cigarro a Ferro (como me chamam normalmente). E esse blog surgiu em função da necessidade que eu tinha de extravasar minha necessidade de parar.
O que me leva ainda a escrever e vou continuar fazendo isso, são os comentários dos amigos que vez por outra passam por aqui atrás de novidades.
Aí a gente sente que tem que continuar porque criou elos e esses são fortalecidos dessa singela maneira. Um desejando sempre que o outro esteja lutando e continuando na luta. E esse desejo é sincero, pois a familia já nos esqueceu e se acostumou, os amigos vez por outra perguntam: E aí, quanto tempo? principalmente os que ainda fumam. Não sei se eles torcem para que continuemos sem fumar ou se desejam que voltemos logo para lhes fazer companhia.
Só sei que estamos "limpos" e assim queremos permanecer porque prestem bem atenção na foto:
"O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga".
fumar é ser ignorante. Ou seria mais apropriado dizer: FUMAR É SER BURRO!
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